TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DA NATUREZA

TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DA NATUREZA A Medicina Natural é a ciência da investigação e da aplicação das leis naturais no dia-a-dia de cada um de nós. Por meio dela podemos atingir excelentes condições de saúde,prevenindo sofrimentos e aprendendo a vivenciar a essência fundamental do Universo.Neste trabalho ; pretendo realizar uma abordagem de aproximação das terapias ocidentais, com práticas milenares orientais. Reniti Wandscheer Prof.Terapêutica....Reg Secretaría de Ensino Supletivo ,sob nº 8942 portaría E/024 SC .
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domingo, 11 de janeiro de 2009

Mamão

O MAMÃO
(Carica papaya)
A história do mamão no continente americano remonta a Ponce de Leon, que, depois de ter desembarcado nas praias da Flórida, escreveu ao rei da Espanha, contando sua jornada em busca de ju¬ventude. Disse, na sua carta, o seguinte:
"Os índios preparam a carne para cozinhar envolvendo-a, mui¬tas horas antes de levá-la ao fogo, com folhas de uma árvore que produz um delicioso melão, o qual se come cru, tendo sabor deli¬cioso. E esse processo torna a carne tão tenra que suas fibras se separam facilmente com os dedos".
O mamão é uma das melhores frutas do mundo, tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo seu poder medicinal. Um dos seus mais importantes princípios é a papaína, reconhecida como superior à pepsina e muito usada para prestar alívio nos casos de indigestão aguda. Também tem efeitos benéficos sobre os tecidos vivos.
O leite de mamão está tendo tantas e tão variadas aplicações nos Estados Unidos que já existe nesse país uma florescente indústria destinada a colhê-lo, manipulá-lo e vendê-lo enlatado.

Cem gramas de mamão contêm:
Calorias
Água
Hidrates de carbono
Proteínas
Gorduras
Sais

(230)


Vitamina A
Vitamina B1 (Tiamina) Vitamina B2 (Riboflavina) Vitamina B5 (Niacina) Vitamina C (Ácido ascórbico)
Os sais do mamão, em 100 gramas, apresentam as seguintes proporções:
Fósforo 26,00 mg
Cálcio 21,00 mg
Ferro 0,80 mg
Uso medicinal
Observado no microscópio, o mamão revela possuir grandes glóbulos de gordura.
O exame microscópico mostra também que o mamão encerra um fermento solúvel, a papaína, mais abundante no fruto verde do que no maduro. Daí a prática, aliás muito comum, de riscar o fruto longitudinalmente, para apressar-lhe a maturação, pois as incisões eliminam grande porção do látex nele contido.
Referindo-se à papaína, diz o Dr. L. Beille:
"Esta diástase ataca energicamente a fibrina, dissolvendo-a co¬mo a pepsina, mas ela se distingue desta última pelo fato de que sua ação pode realizar-se não somente num meio ligeiramente áci¬do, mas também num meio neutro ou alcalino".
Deitando-se um mamão maduro nágua, de modo a desfazer-se, se obtém uma solução mucilaginosa, a qual, filtrada, precipita uma substância que produz uma goma amarela, sem gosto e sem cheiro especial, e que, em presença dos ácidos diluídos, se transforma em glicose.
Fruto
O mamão maduro é digestivo, diurético, emoliente, laxante, refrescante, etc.
O Dr. Domingos D'Ambrósio afirma que o mamão "é diurético, laxante e oxidante, particularmente quando se come com as semen¬tes, que contêm a papaína, fac-simile da pepsina".
"O mamão é muito alimentício", diz o Dr. Deodato de Morais "sendo receitado pêlos médicos nas doenças do estômago e dos intestinos".
O Dr. John Harvey Kellogg proclamou o mamão "o mais poderoso digestivo que se conhece", recomendando entusiasticamente seu uso a todos os que sofriam de dificuldades digestivas, pois o estô¬mago sensível, que não pode tolerar comida, encontra nessa fruta um alimento delicioso e calmante, capaz de dar ao referido órgão o descanso necessário ao processo curativo.
O Bureau of Plant Industry, do Departamento de Agricultura dos EEUU, publicou: "O mamão possui peculiares e valiosas pro¬priedades digestivas que o tornam de grande valor na dieta". E a experiência prova que a papaína, fermento solúvel fornecido pelo mamão, é capaz de digerir rapidamente duzentas vezes seu pró¬prio peso em proteínas.
"O mamão, alimentício, abundante de substância mucilaginosa e de fermentos digestivos, é muito bom para aconselhar aos dispépti-cos", afirma o Dr. Alberto Seabra.
O Dr. Raul Herreaux afirma:
"Para todas as enfermidades do estômago e intestinos, o ma¬mão é sem rival. Graças ao seu conteúdo em papaína, um fermento mui ativo, que, na minha opinião, é muito superior à pepsina animal, é (o mamão) uma grande dádiva da Natureza à humanidade... Em casos severos de indigestão e gastrite, onde a assimilação de alimentos causa grande angústia, eu prescrevia uma dieta cons¬tante exclusivamente de mamão por vários dias, e verifiquei que era o bastante para restaurar a saúde ao paciente... Também contra a prisão de ventre crónica, achei que o mamão é o remédio mais eficaz".
O Dr. Teófilo L. Ochoa ensina:
"O mamão comido em jejum, de manhã, é eficaz contra a dia¬bete, a asma e a icterícia. É também bom depurativo do sangue e estomacal proveitoso...
"A papaína (fermento do mamão) tem sido aclamada como uma valiosa ajuda nos casos crónicos dos males do estômago, putre-fação intestinal, prisão de ventre, flatulência...
"Na China ... a polpa é secada e empregada para reduzir in¬chações e inflamações dos pés, e também para combater o reumatis¬mo, caso em que a tomam em cozimento.
"Nas Antilhas prepara-se um xarope do suco da fruta madura, cozida ao forno com bastante açúcar. Esse xarope é eficaz contra a tosse dos tuberculosos do último grau, e, em geral, também con¬tra todas as enfermidades do peito. Tomam-se várias colheradas por dia.
"O mamão maduro, esfregado sobre a pele, tira as manchas, suaviza a cútis áspera e elimina as rugas produzidas pela idade. As mulheres nativas consideram o suco de mamão como seu melhor cosmético.
"O mamão miúdo e ácido emprega-se aberto, em forma de ca¬taplasmas, nas anginas".
Látex
O leite que se obtém ao cortar o mamão, é tido como excelente antelmíntico, tendo também outras aplicações.
Prescreve o Dr. Teófilo L. Ochoa:
"O suco leitoso do fruto tem sido utilizado para dissolver as falsas membranas da garganta em casos de difteria. Desse efeito do látex, faz muitos anos, já se havia convencido o Dr. Manyan, de Palm Beach. Tem sido usado igualmente contra os calos e as verrugas.
"Esse suco também se emprega como vermífugo, ministran¬do-se meia onça (uns 15 gramas) de suco diluído em meia xícara de água adoçada com mel. (Essa dose é para criança de 2 a 7 anos). Meia hora depois, dá-se um purgante, preferivelmente de óleo de rícino com um pouco de suco de limão. Para crianças, maiores au¬menta-se a dose do suco leitoso, e, segundo o caso, pode-se tam¬bém ministrar, no mesmo dia, esse suco simplesmente diluído em água quente, em forma de enema".
Flores do mamoeiro macho
As flores têm grande aplicação como remédio para combater a rouquidão, a tosse, a bronquite, a traqueíte, a laringite. Coloca-se um punhado de flores, com um pouco de mel, numa vasilha resisten¬te à água fervendo. Deita-se por cima um copo de água a ferver. Tapa-se bem. Deixa-se esfriar. Toma-se às colheradas de hora em hora.
"A infusão das flores do mamoeiro macho, assim preparada, constitui um bom xarope para ser usado nos casos de tosse e influ-enza", diz o Dr. Lourenço Granato.
O Dr. Monteiro da Silva ensina que esse mesmo xarope é um remédio para as indisposições gástricas oriundas dos resfriados e afirma que pode ser usado contra a bronquite das crianças.
Sementes
Muitos sabem que a semente do mamão é um bom vermífugo, mas ignoram que ela tem igualmente outras aplicações na medicina doméstica.
"Afirma-se", diz o Dr. Teófilo L. Ochoa, "que as sementes comidas em certa quantidade são eficazes contra o câncer e proveitosas contra a tuberculose.
"Umas 10 ou 15 sementes frescas, bem mastigadas, favorecem eficazmente a excreção da bílis, atuam contra as enfermidades do fígado e limpam o estômago.
"As sementes secas e moídas, em cozimento constituem um bom carminativo ..., um magnífico emenagogo e um vermífugo de pri¬meira ordem.
"Contra os vermes intestinais emprega-se de uma só vez, uma colherinha ou mais, de sementes pulverizadas, misturadas com mel de abelhas. Repete-se a dose duas ou três vezes ao dia.
As raízes do mamoeiro, em decocção. são um tónico para os nervos e um remédio para as hemorragias renais.
Também possuem propriedades antelmínticas. Cozinha-se um punhado em uma ou duas xícaras de água, adoça-se com mel, e toma-se durante o dia.
Folhas
As folhas do mamoeiro têm aplicação no preparo de um chá digestivo, que pode ser dado livremente às crianças, visto ser ino¬fensivo, não contendo teína ou mateína, como o chá-da-ribeira ou o chá-ma te.
Nos Estados Unidos, as folhas verdes do mamoeiro costumam ser secadas e reduzidas a pó, e empregadas na confecção de re¬médios digestivos.
Na Venezuela, as folhas são usadas, em decocção, com ótimos resultados, contra os vermes intestinais.
O suco leitoso extraído das folhas encerra excelentes proprie¬dades vermífugas, e, segundo o Dr. Vinson, é o antelmíntico mais enérgico que se conhece. Usa-se diluído em água.
Esse mesmo suco leitoso das folhas tem também utilidades tera¬pêuticas como digestivo e vulnerário. Em diversos lugares, os nati¬vos o usam para tratar eczemas, verrugas, úlceras, chagas.
Valor alimentício
O mamão, quando maduro, é uma fruta saborosa e nutritiva.
O fruto maduro, se é algo amargo, isto é, se contém doses apre¬ciáveis de papaínas, possui boas qualidades digestivas.
O mamão é um alimento aperiente e ideal para o desjejum, pois satisfaz as exigências nutrimentaís do organismo, de manhã, e limpa o aparelho digestivo. Contribui, além disso, para a manuten¬ção do equilíbrio ácido-alcalino do corpo, e, nesta sua função, sobrepuja o próprio melão, que é considerado um dos melhores álcali--formadores.
O mamão presta-se para admiráveis combinações com outras frutas — figos, ameixas, uvas — frescas ou secas, podendo ser comido ao natural, ou com mel de abelhas.
Quandp o mamão não é muito doce, ou, mesmo, quando é pro-nunciadamente amargo, não é necessário desprezá-lo: pode-se apro¬veitá-lo para o liquidificador, em mistura com outras frutas e um pouco de mel, no preparo de uma saudável "vitamina".
O mamão não deve faltar na alimentação diária das crianças, pois que lhes é muito benéfico para a saúde e lhes favorece o cres¬cimento.
Na confecção de doces, geléias, empadas, xaropes, ou outras guloseimas, o mamão perde grande parte dos seus sais e das suas vitaminas, pelo que se deve comê-lo, sempre que possível, cru.
O mamão verde dá um doce que toda dona de casa, sem dúvida, já experimentou fazer, mas o que nem todas sabem é que em diversos lugares, o mamão verde é usado cozido, com sal, azeite, etc., como abóbora.
O centro meduloso do tronco do mamoeiro, raspado e secado, é uma guloseima semelhante ao coco ralado. Encerra boas propriedades nutritivas. Em alguns lugares é aproveitado no preparo de rapaduras.


domingo, 24 de fevereiro de 2008

Pêra


PÊRA
(Pyrus communis)
A pêra é produto de uma árvore de porte alto, de tronco grosso, originária da Europa Central, onde se encontra em estado silvestre. A pereira se aclimatou nos Estados do Sul do País, mas não dá pêras tão belas e saborosas como as europeias.
Composição química
Cem gramas de pêra contêm:
Calorias 63,60
Água 83,00 g
Hidratos de carbono 15,10 g
Proteínas 0,60 g
Gorduras 0,50 g
sais 0,50 g
Vitamina A 35 U.I.
Vitamina B1 (Tiamina) 40,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 20,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0, 15 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 3,50 mg
Cem gramas de pêra contêm sais minerais,cujos elementos constituintes entram nas seguintes proporções:
Potássio 132,00 mg
Sódio 16,00 mg
Cálcio 14,00 mg
Fósforo 13,00 mg
Enxofre 10,00 mg
Magnésio 5,00 mg
Silício 1,50 mg
Ferro 1,mg

Uso medicinal

A pêra tem importância, em primeiro lugar, por ser muito indica­da na hipertensão arterial.
O Dr. Alabor von Halasz fez experiências submetendo pacientes hipertensos a uma cura de pêra. Em geral, bastavam dez ou quinze dias para aparecer o esperado efeito. A pressão arterial baixava consideravelmente.
"A pêra", diz o Dr. Demétrio Laguna Alfranca, "desempenha um papel importante na dieta do hipertenso. Purifica o organismo e exer­ce uma ação diurética evidente.
"Em Alexandria há um famoso médico que trata os enfermos hi­pertensos fundamentalmente com um regime rico em pêras. Ali­menta-os diariamente, durante certo tempo, com um quilo e meio de pêras ... e alguma outra fruta suculenta, de vez que observam o repouso e a calma. Alcança ótimos resultados".
A pêra é também recomendada por suas propriedades diuréticas, mundificantes dos rins, e depurativas do sangue.
É igualmente útil contra a prisão de ventre, a inapetência, as enfermidades digestivas, as febres intestinais.
Henri Leclerc afirma que as folhas da árvore exercem efeito benéfico na inflamação da bexiga e na litíase urinária. São diuré­ticas e úteis também contra a pielonefrite. Usam-se em infusão (10:1000).
Valor alimentício
Por seu elevado teor de açúcares, sais minerais e vitaminas, a pêra é um bom alimento. Deve, sempre que possível, ser consu­mida ao natural, mas também se presta para o preparo de doces e manjares.

sábado, 23 de fevereiro de 2008


PÊSSEGO
(Prunus pérsica)
O pessegueiro é uma árvore da família das Rosáceas, oriunda, segundo Candolle, da China Central, e não da Pérsia, como o nome equivocadamente indica.
Composição química
Em 100 gramas de pêssego há:

Calorias 41,40
Água 89,30 g
Hidrates de carbono 9,40 g
Proteínas 0,70 g
Gorduras 0,10 g
Sais 0,50 g
Vitamina A 3750 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 40,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 65,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0,95 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 26,80 mg
Os sais minerais do pêssego em 100 gramas, são formados por elementos assim distribuído:
Potássio 214,00 m
Fósforo 24,00 mg
Sódio 22,00 mg
cálcio 16,00 mg
Ferro 0,30 mg


Uso medicinal
Segundo o Dr. Deodato de Morais, o pêssego é uma fruta que se recomenda aos diabéticos, gotosos, e tuberculosos.
É, além disso, muito indicado na debilidade pulmonar, nas en­fermidades dos pulmões, nas afecções do fígado, na prisão de ven­tre, nas úlceras cancerosas, herpes, dores reumáticas, hipertensão arterial, anemia.
Tem indicação, também, como colagogo, diurético, depurativo do sangue, desintoxicante.
O macerado do caroço triturado regulariza o fluxo menstrual. O caroço moído, misturado com uma gema de ovo, é eficaz para estancar as mais fortes hemorragias provocadas por ferimentos. Pro­duz bons efeitos, também, contra a hemofilia.
Externamente aplicadas, as folhas amassadas exercem efeitos sedativos.
As flores em infusão, com água ou leite, ou preparadas em forma de xarope, constituem um bom laxante infantil. O infuso é igualmente recomendado como diurético, vermífugo e útil contra a coqueluche.
As folhas frescas, amassadas, ou as secas, moídas, têm apli­cação externa nas chagas gangrenosas e em toda epécie de erupções cutâneas.
A goma que exsuda do pessegueiro, durante o verão, dá bons resultados contra as tosses mais rebeldes. Emprega-se somente meia colher das de café em uma xícara de leite quente.
Afirma-se que tanto as folhas do pessegueiro, como a amêndoa contida no caroço do pêssego, são tóxicas.
Valor alimentício
O pêssego só deve ser colhido maduro e consumido logo depois de apanhado.
Comido em excesso ou quando não bem maduro, o pêssego torna-se indigesto, especialmente para os estômagos delicados
Devemos evitar o erro de comer pêssego como sobremesa, es­pecialmente após uma refeição em que tinha havido uma mistura de pratos.
Para podermos aproveitar ao máximo as suas qualidades medi­cinais e nutritivas, devemos comê-lo ao natural.
O pêssego, não obstante se presta muito bem para a confecção de conservas, doces, compotas. Quem ainda não saboreou uma gostosa pessegada?

Tangerina,bergamota,

f
TANGERINA
(Citrus nobilis)
A tangerina é produzida por uma árvore da família das Rutá-ceas. Originária da China, acha-se aclimatada no Brasil. Chama-se também mexerica ou bergamota.
Composição química
Em 100 gramas de tangerina encontram-se:
Calorias 50,00
Agua 87,10 g
Hidrates de carbono 10,90 g
Proteínas 0,80 g
Gorduras 0,60 g
Sais 0,60 g
Vitamina A 3015 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 100,00 mcg
Vitamina C (Acido ascórbico) 46,80 mg
Os mais importantes sais da tangerina, contidos em 100 gramas. provêm de:
Sódio 216,00 mg
Cálcio 41,00 mg
Fósforo 18,00 mg
Enxofre 9,00 mg
Magnésio 5,55 mg
Ferro 0,30 mg
Uso medicinal
A tangerina é uma fruta muito útil contra a arteriosclerose, a debilidade da vista por causa de endurecimentos, a gota, o reuma­tismo, os cálculos, os tumores (adenomas, condromas, fibromas, gliomas, lipomas, miomas, mixomas, neuromas, osteomas), quis­tos recentes, endurecimentos cálcicos, cristalizações de ácido úrico, etc.
Graças ao seu conteúdo em fósforo e cálcio, a tangerina favore­ce o desenvolvimento do esqueleto; com o seu magnésio ela tonifica as articulações e os músculos, e beneficia os intestinos e o sistema nervoso; com as suas vitaminas ela se recomenda contra as infecções, a neurite e o escorbuto.
Valor alimentício
A tangerina é um valioso alimento se consumida ao natural. Seu suco é uma bebida muito saudável e nutritiva. Presta-se tam­bém para a confecção de doces

Morango


O MORANGO (Fragaria vesca)

Como fruta, não há quem não aprecie o morango, seja no seu es­tado natural, seja preparado em conserva.
Antes de ser usado, o morango precisa ser cuidadosamente la­vado, o que é indispensável sob vários pontos de vista. É que os horticultores combatem as pragas dos morangueiros com auxílio de compostos de cobre e outros fungicidas e inseticidas venenosos. E pode haver horticultores não esclarecidos ou inescrupulosos, que reguem suas plantações com água de fossa. Daí o grande perigo de tifo, paratifo e outras moléstias contagiosas.
Se o morango é de procedência duvidosa, deve ser banhado em sumo de limão, que afasta o perigo de que estamos falando.
Quando necessário guardar o morango por um ou dois dias, pode-se colocá-lo em ligeiras camadas sobre uma peneira e guardá-lo em lugar suficientemente fresco.
Composição química 30,00 mcg
Cem gramas de morango contêm:
Calorias 39,40
Agua 90,20 g
Hidratos de carbono 7,40 g
Proteínas 1,00 g
Gorduras 0,60 g
Sais 0,80 g
Vitamina A 100 U.I
Vitamina B1 (Tiamina) 30,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 30,00 mcg
Vitamina Bs (Niacina) 0,28 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 72,80 mg
Os sais do morango, em 100 gramas contêm elementos quími­
cos nas seguintes proporções:
Sódio 50,00 mg
Potássio 147,00 mg
Cálcio 22,00 mg
Silício 12,00 mg
Fósforo 22,00 mg
Ferro 0,90 mg
Cloro 1,60 mg

Uso medicinal

O morango, e, bem assim, o morangueiro, são proclamados so­beranos na arte de curar.
Fruto, folha e raiz são empregados, na medicina doméstica pa­ra combater várias enfermidades.
A raiz, em cozimento, é diurética e adstringente.
As folhas, em cozimento, são prodigiosas para combater a diar­reia crónica.
O maior valor medicinai do morangueiro encontra-se no fruto, que é uma dádiva do Céu.
Gessner e Boerhave receitavam o morango para combater os cálculos.
Gessner e Saquet diziam que o morango tem propriedades anti-úricas.
Apullee aconselhava o morango contra os males dos rins.
Gelnecke dizia que o morango expulsa os vermes, inclusive a solitária.
Schulze, Hoffmann e Galibert recomendavam o morango como re­médio para os catarros pulmonares.
Gubler opinou que uma cura de morangos equivale a uma cura de uvas na diátese úrica e nas afecções hepáticas.
O Dr. Eduardo de Magalhães afirma que o morango é bom para as areias vesicais, os cálculos biliários, a gota, o artritismo e a icte­rícia.


Refere o Dr. Magalhães o caso de um seu amigo que, "sofrendo de fortíssima contrariedade de que resultou congestionar-se o fí­gado e sobrevir icterícia, tal aversão tinha aos alimentos que, du­rante alguns dias, se nutriu exclusivamente de morangos, que só lhe apeteciam. O resultado desse capricho do seu estômago ou, para melhor dizer, do seu instinto, foi ótimo: os morangos o curaram, a icterícia desapareceu, o apetite renasceu e a saúde voltou".
No tratamento das pedras da bexiga, o suco de morangos es­premidos, tomado de manhã, na dose de uma colher das de sopa, alivia as dores e previne a formação de novos cálculos.
Numerosos clínicos apregoam a eficácia do morango no com­bate à gota. Lineu, Graves, Pasteur, Saquet e muitos outros com­provaram a eficiência desse soberano remédio.
Para Lineu, o morango era remédio incomparável no combate à podagra. Certa vez esse botanista se achava fortemente atacado de gota. Sua mulher lhe ofereceu morangos. Ele comeu um prato inteiro e melhorou rapidamente da doença. Esse fato levou-o a continuar fazendo largo uso dessa fruta, até que chegou a sarar do mal que o afligia. Isso foi em 1750. No ano seguinte, todavia, foi o eminente sábio sueco novamente incomodado pela moléstia, e seu estado agravou-se de tal maneira que ele mal podia mover-se. Certa vez, galgando com muita dificuldade a escadaria do palácio real de Drotningholm, encontrou-se com a rainha. Esta, imensamen­te comovida, perguntou-lhe o que poderia fazer por ele. O cientis­ta apenas manifestou o anelo de conseguir um prato de morangos, fruta difícil de obter, então. A piedosa rainha, entretanto, arranjou, porém não sem dificuldade, boa porção de morangos
. Lineu os de­vorou avidamente, sarando logo em seguida.
A notícia dessa cura foi divulgada por toda parte, e despertou grande interesse na classe médica. As Sociedades de Ciência e de Medicina fizeram novas experiências, confirmando o milagre re­velado pelo naturalista sueco, que se livrara da gota que o havia atormentado.
Em consequência desse fato, aumentou de tal forma a procura pelo morango, que seu preço subiu espantosamente: foi para oito vezes mais do que até então havia custado no mercado.
Muitos médicos, então, se tornaram advogados da cura de mo­rango, chegando a prescrever aos pacientes até sete ou oito quilos por semana, o que em alguns casos acarretava diarreia.
"O morango, cuja função anti-artrítica foi descoberta por Lineu", diz o Dr. Alberto Seabra, "mantém a sua velha reputação contra a gota e o reumatismo. Parece que nele existe, em forte proporção, um salicilato, e, ao tomar medicamentos, não há como procurá-los em organismos vivos, plantas ou frutas. Alguns não são dessa opi­nião e preferem substâncias químicas, isoladas no laboratório e des­tituídas desse quid vital inimitável e que não passa nas retortas".
O reumatismo, sob suas diversas formas, mesmo o reumatismo articular, encontra, sem dúvida, um bom remédio no morango.
O morango, amassado com mel, é bom remédio para os males dos rins.
No tratamento do catarro pulmonar, mesmo havendo febre e marasmo, o morango opera milagres. As pessoas biliosas obtêm, igualmente, bons resultados.
O morango é digestivo, pelo que seu uso se recomenda nos casos de dispepsia.
O cozimento da raiz e das folhas é diurético e adstringente.
O morango é rico em ferro, em forma de fácil assimilação, pelo que representa um alimento precioso no combate à anemia.
A cura de morango
A cura de morango foi preconizada por Gubler contra a gota, as afecções hepáticas, as litíases úricas e biliares, as afecções vesicais e o reumatismo. O doutor clínico indicava em tais casos a in­gestão diária de 300 a 500 g dessa fruta.
Valor alimentício
O morango, só ou em mistura com outros alimentos, presta-se para uma refeição saudável e nutritiva
A adição de coalhada ou creme fresco, diz o Dr. Paul Carton, favorece a digestão do morango e facilita o metabolismo dos seus ácidos.
O Dr. Laguna Alfranca recomenda, para uma refeição matinal, meia xícara de morango em mistura com meia xícara de iogurte, com um pouco de mel ou melado.
No desjejum, em vez de se dar café às crianças, não há coisa melhor do que oferecer-lhes uma "vitamina" - um suco preparado, instantaneamente, com frutas passadas no liquidificador - e para este fim é muito bom o morango, puro ou misturado com outras fru­tas, como mamão, laranja, etc.
Sempre que possível, deve-se preferir o morango, como aliás, qualquer outra fruta, ao natural. O cru é incomparavelmente melhor do que o cozido. Todavia, também na execução de inúmeras recei­tas - bolos, tortas, pudins, geléias, cremes, caldas - o morango pres­ta bons serviços.
Entre os europeus é muito comum preparar morangos em con­serva, o que também se faz com o pêssego, a ameixa, a pêra, etc.